Paula Só

Paula Só de seu nome Paula Silva, nasceu em Lisboa.

Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, com intenção de seguir pela via de “Belas Artes”, porém, nessa altura, outro caminho, surgindo, lhe foi dado a escolher e por ele se decidiu: tendo conhecido um rapaz, o Luís, de quem estava enamorada, com ele se casou e de cuja ligação nasceu o seu filho João Pedro.

Passado um ano, a convite dos sogros, viajaram para Lourenço Marques (hoje Maputo), onde viveram cerca de quatro anos e meio.

Em Fevereiro de 1974 a Paula e o seu filho regressaram a Portugal.

Decorrido cerca de um ano e meio, após algumas experiências de trabalho em “Artes Plásticas”, tinha início, então, o seu percurso como atriz, embora o primeiro contacto tivesse sido ainda em Lourenço Marques, numa experiência com o “T.A.L.M.” - Teatro Amador de Lourenço Marques.

Pouco tempo após haver regressado a Lisboa a Paula inscreveu-se na “Escola Superior de Teatro do Conservatório Nacional” e passados dois anos teve início a sua carreira profissional, tendo sido convidada como “atriz - elemento fixo” do entretanto extinto “Teatro do Nosso Tempo”.

Trabalhou, igualmente como “atriz - elemento fixo” em grupos de teatro como a “Casa da Comédia” nessa altura dirigida por Filipe La Féria, “Teatro Laboratório de Faro”, num projecto de “Teatro Itinerante” com o Ator-encenador Leandro Vale, num outro projecto de “Teatro de Revista Itinerante” com o Actor-encenador José Viana, assim como desenvolveu projectos pessoais de “Café-teatro”; em 1983 ingressou no Grupo de Teatro “O Bando” do qual continua a fazer parte, trabalhando em regime livre desde o ano 2000.

Do seu percurso académico e profissional, para além de ter feito, entretanto, pós-graduação em “Artes performativas” na Escola Superior de Teatro e Cinema, fazem parte estágios de desenvolvimento técnico e artístico, participação em ateliers de teatro, experiências de encenação, criação e direcção de oficinas de teatro dirigidas às diferentes faixas etárias.

Para além de projectos teatrais, tem, também como atriz, integrado diversos projectos de cinema e televisão.

Alguns dos filmes, séries televisivas e telenovelas de referência em que participou:

Longas e curtas metragens:
“Recordações da Casa Amarela” - realização de João César Monteiro, “Almirante Reis” - realização de Fernando Vendrell, “Oito Oito” - realização de Edgar Pêra, “O Barão” - realização de Edgar Pêra, “As Horas de Luz” - protagonista - realização de António Borges Correia, “Série Sul” - realização de Ivo Ferreira.

Séries televisivas:
“Zé Gato”, “Sim Chefe”, “Dentro”, “Série Sul”.

Telenovelas:
“Amor Maior”, “A Impostora”, “Prisioneira”, “Quer o Destino”, “Amar Demais”.

Alguns dos espetáculos de teatro de referência:
“Nós de Um Segredo” - compilação de textos de tradição oral - encenação de João Brites - teatro “O Bando”, “Montedemo” - de Hélia Correia - encenação de João Brites - teatro “O Bando”, “Bichos” - de Miguel Torga - encenação de João Brites - teatro “O Bando”, “Amanhã” - a partir de “Antes de Começar” de Almada Negreiros - encenação de João Brites - teatro “O Bando”, “O Grande Salão” - inspirado em conversas do “Facebook” - encenação de Martim Pedroso - “Nova Companhia”, “As Três Velhas Irmãs” a partir da peça “As Três Irmãs” de Anton Tchekhov - encenação de Martim Pedroso - Teatro Nacional “D. Maria II”, “Lear” - a partir da peça “Rei Lear” de William Shakespeare - no personagem “Lear” - encenação de Bruno Bravo - Teatro Nacional “D. Maria II”.

Para além da itinerância e da participação em festivais de teatro, desenvolveu e participou de projectos teatrais em Portugal Continental, Ilhas da Madeira e Açores, diversos países da Europa, América do Sul e República de São Tomé e Príncipe.

Principais destaques da Crítica:
“Atriz Revelação”: espectáculo “Avareza, Luxúria e Morte na Arena Ibérica” de Vallin Clan - encenação de Blanco Gil - “Teatro do Nosso Tempo”.
“Melhor Atriz do Ano”: (exequo com Eunice Muñoz): espectáculo “Nós de Um Segredo” - encenação de João Brites - teatro “O Bando”.
“Melhor Atriz da Arena Ibérica”: “Festival de Sitges” - espectáculo “Amanhã” a partir da peça “Antes de Começar” de Almada Negreiros - encenação de João Brites - teatro “O Bando”.

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